O apóstolo Paulo, o maior bandeirante do cristianismo, definiu o Evangelho como o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Não há nenhuma fraqueza no Evangelho, pois não é um poder humano, mas divino. É o poder do Deus onipotente. Não é um poder destrutivo, mas o poder para a salvação. Não está destinado a salvar os fortes, mas a salvar os que creem.
Porque o Evangelho tem esse poder e fomos comissionados a pregá-lo em todo o mundo, a cada criatura, em todo o tempo, a todas as nações, precisamos ter senso de urgência. Somos devedores e precisamos estar prontos. Não temos o direito de retê-lo. Calar nossa voz é consumada rebeldia ao Comissionador Soberano e absurda falta de compaixão àqueles que jazem mergulhados num caudal de escuridão.
O Evangelho não é uma mensagem criada pela Igreja, mas é a Boa Nova de Deus. Não emana da terra, procede do céu. Não visa dar ao homem prosperidade e riqueza neste mundo, mas salvá-lo deste mundo para um reino de graça e glória. Não tem como propósito resolver apenas os problemas terrenos, mas reconciliar o homem com Deus e dar a ele a vida eterna.
O mundo está saturado de religião. Religiões antigas e novas não podem reconciliar o homem com Deus nem trazer paz à sua alma. Nenhum expediente humano pode trazer redenção ao pecador. Nenhum rito sagrado pode libertar o pecador de suas algemas invisíveis. Nenhum esforço humano pode trazer paz à atribulada alma humana. Somente pelo sacrifício de Cristo o homem pode ser transformado, perdoado e restaurado.
Oh, o Evangelho é poderoso para pegar pessoas arruinadas e fazer delas vasos de honra nas mãos de Deus. Jesus fez do endemoninhado gadareno um missionário para o seu povo. Jesus transformou Maria Madalena, uma mulher possessa de demônios, na primeira mensageira de Sua ressurreição. Jesus fez da proscrita mulher samaritana uma embaixadora na cidade de Sicar, e toda aquela cidade foi alcançada pelo seu testemunho. Jesus restaurou Pedro depois de sua covarde negação e fez dele um homem poderoso nas Escrituras. Jesus apanhou Saulo de Tarso, na sua fúria contra os cristãos, e fez dele o maior apóstolo do cristianismo. Jesus transformou o devasso Agostinho, filho de Mônica, no maior teólogo dos primórdios do cristianismo. Jesus transformou Lutero, o monge atormentado pelos seus pecados, no grande líder da Reforma Protestante. Jesus continua ainda hoje, pelo poder do Evangelho, apanhando pessoas arruinadas pelo pecado e transformando-as em instrumentos poderosos em Suas mãos!
Oh, quão glorioso é o Evangelho em seu conteúdo! Quão poderosa é sua mensagem salvadora! Quão benditos são os seus resultados! É tempo de resgatarmos nossa paixão pela sua proclamação. A proclamação é uma tarefa imperativa. É ordem divina, e não podemos nos omitir. É uma tarefa intransferível, e não podemos terceirizá-la. É uma tarefa inadiável, e não podemos deixá-la para depois. Se nos calarmos, seremos tidos como culpados. Enquanto a Igreja se cala, as falsas religiões espalham o veneno das falsas doutrinas. Enquanto as vozes de Sião se silenciam, as vozes da Babilônia trovejam. Enquanto os filhos do reino dormem, os filhos do maligno agem. Oh Igreja, é tempo de acordarmos de nossa sonolência! É tempo de irmos lá fora onde os pecadores estão para levarmos a eles a esperança do Evangelho! É tempo anunciarmos ao mundo que Cristo morreu pelos nossos pecados e, agora, a porta da graça está aberta, e todos são chamados a participar do banquete da salvação!
:: HERNANDES DIAS LOPES