Cristão e Política: o primeiro turno acabou, mas o que aprendemos com ele?

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No dia 7 de outubro, os brasileiros foram às urnas para escolher quem seria seus representantes políticos para os cargos de deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente. A maioria dos cargos foi definida na votação do primeiro turno. Por sua vez, um segundo turno, no dia 28 de outubro, foi confirmado para a escolha do presidente e, em 13 estados e no DF, do governador.

Mas o que as eleições de 2018 demostraram? O que de relevante os cristãos podem aprender com elas? A resposta a essas perguntas nos possibilita entender a importância da participação consciente dos cristãos nas eleições.

Um primeiro aspecto que deve ser observado é que a mídia tradicional não exerceu influência significativa no pleito deste ano. Historicamente, os candidatos que dispunham de maior tempo de televisão e rádio eram os que mais se destacavam e conquistavam vagas nos cargos públicos, o que não aconteceu no pleito de 2018. Isso demostra o amadurecimento crítico de grande parte da população diante do que lhes é apresentado, o que inclui os cristãos, que, em todo o país, somados os católicos e evangélicos, representam mais de 85% da população brasileira (segundo dados do IBGE – Censo 2010).

Os cristãos começaram a entender o seu mandato cultural e como o envolvimento com as questões políticas faz parte da missão de transformação das nações que lhes foi dada (Mt 5.13-16). O cristão entendeu que, para ter uma nação justa, é necessário eleger candidatos que reflitam o significado dessa palavra. Essa compreensão parece ter influenciado a busca por candidatos que propunham solucionar problemas em áreas fundamentais para o desenvolvimento do país, dentre eles, a crise na segurança pública, os baixos índices de qualidade na educação, a corrupção e as elevadas taxas de desemprego. Buscou-se candidatos que ultrapassassem o discurso “do politicamente correto” e focassem em propostas voltadas para substituir um Estado inchado, com gastos elevados, de pouco retorno para a população e que só tem fracassado, por um Estado enxuto, que busque garantir soluções para o que realmente afeta o dia a dia do brasileiro.

Por fim, mas não menos importante, o despertamento político dos cristãos refletiu na escolha dos candidatos e produziu expressivas mudanças nas Casas Legislativas. A renovação política no Senado foi de 85%, e na Câmara dos Deputados, de 47%, sendo a maior dos últimos 20 anos. Pode-se dizer também que nunca antes na história do Congresso Nacional houve tantos candidatos vistos como “conservadores”, isto é, candidatos que defendem a vida e a família, dentre outros princípios condizentes com os ensinamentos da Palavra de Deus.

O posicionamento dos cristãos impactou diretamente a escolha dos representantes do Congresso Nacional, mas ainda falta escolher o candidato à presidência e, em algumas regiões, como Minas Gerais, os governadores. Enquanto embaixadores do Reino de Deus na terra (2Co 5.20-21), continuemos, portanto, firmes na busca por candidatos que reflitam em suas propostas os princípios e valores bíblicos e que tenham em suas pautas ações que efetivamente possam tratar o que de mais grave assola nossa nação.

Que o temor a Deus e os princípios do Seu reino – justiça, paz e alegria (Rm 14.17) – sejam o balizador de nossas escolhas para definir os representantes que ainda faltam. Que a vontade de Deus seja feita em nossa nação através da vida de cada um de nós.

:: Dayanna Fagundes [Grupo de Ação Política – GAP]

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