Além de mortes, ataque em Jos também causou destruição de igrejas e propriedades
Ontem você começou a conhecer a história de Blessing Kogi, da Nigéria, que teve dez membros da família mortos na sua frente durante ataque. Ela está se recuperando dos tiros que levou, mas diz ainda estar traumatizada e acredita que os agressores cumpriam a missão de matar, mas não entende por que sua família foi o alvo. Ela disse que ninguém da polícia ou exército veio ajudá-los, apesar de o bairro ficar ao longo da estrada do quartel militar de Rukuba.
Ela também disse que dois dias antes do ataque notou a presença de estranhos no bairro. Eram fulanis que disseram que estavam procurando o filho perdido. Depois de buscarem por algumas horas, foram embora, alegando que tinham visto o corpo do menino. Mas ninguém na região ouviu nada sobre a morte de um menino e os fulanis não informaram o líder da comunidade sobre o ocorrido.
De acordo com fontes locais, dezenas de pessoas perderam a vida entre 27 e 30 de setembro em vários atos de violência por toda a cidade de Jos. Várias propriedades saqueadas ou destruídas. “Muitas vidas foram perdidas. Também várias propriedades, inclusive igrejas. Muitos foram deslocadas. As pessoas estão vivendo em medo, pois não sabem quando a morte e destruição vão visitar sua comunidade”, disse o líder cristão Soja Bewarang, presidente da Associação Cristã da Nigéria no estado de Plateau.
Em resposta ao ataque e subsequente agitação, o governo do estado impôs toque de recolher do anoitecer ao amanhecer. Quanto a Blessing, ela relata que o pai (que estava trabalhando no momento do incidente) está arrasado com a morte da esposa e outros membros da família. “Ele precisa de oração, porque desde o ataque está confuso, não conversa, não come… eu não sei o que fazer”, lamenta. Ore por Blessing, seu pai e sua prima, os três sobreviventes da família Kogi. Que o conforto do Senhor seja sobre eles e todos aqueles enlutados devido ao ataque em Rukuba.