“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5.19-22).
O discipulado não é somente para tratar de situações do dia a dia. Mas, principalmente, para trazer a realidade espiritual para o dia a dia do discípulo. Pois, somente assim, ele conseguirá vencer as provações e tentações do seu dia a dia. Por isso, este é um tema imprescindível a se tratar no discipulado um a um.
É preciso que o discípulo receba a revelação de que ele precisa exercitar o seu espírito para que o Fruto do Espírito seja manifesto diariamente em sua vida e, desta forma, ele não seja mais guiado pelas obras da carne, fechando toda e qualquer legalidade em sua vida.
Assim que o texto for lido, a sugestão é fazer com que o discípulo reflita sobre como ele está se saindo nesta questão, por exemplo, pergunte qual a nota que ele daria a ele mesmo para cada qualidade que compõe o Fruto do Espírito.
Faça uma relação com cada qualidade e anote a nota que o discípulo está se dando para que se possa comentar, uma a uma, posteriormente.
Quando ele terminar de se autoavaliar, é preciso chama-lo à outra reflexão. Ele precisa responder se, para melhorar as notas vai depender dele mesmo ou de outras pessoas. Dê tempo para a reflexão e ajude perguntando o que outras pessoas podem fazer para ajudá-lo a melhorar, ou, se ele achar que a responsabilidade de melhorar é dele, o que ele pode estar fazendo para isso.
O propósito desta reflexão é fazer com que o discípulo absorva a autorresponsabilidade. As pessoas só mudam suas vidas quando olham para si mesmas e param de olhar para os outros. Os problemas que a maioria das pessoas têm enfrentado são de responsabilidade delas mesmas. As pessoas à sua volta podem colaborar e contribuir, sim, mas os principais responsáveis pelos problemas são elas mesmas. Se uma pessoa decidir que vai viver diferente, então, ela, de fato, vai viver a diferença.
A próxima etapa deste discipulado é fazer com que o discipulado pense sobre o que ele acredita que vai acontecer com ele se ele permanecer com notas baixas em algumas das qualidades do Fruto do Espírito. É indicado que o discipulador, como conhece o seu discípulo, escolha as qualidades que mais têm trazido problemas na vida de seu discípulo. Ajude-o com uma orientação, direcionando a reflexão para os problemas que podem surgir ou piorar se ele não melhorar.
Quando esta reflexão é sugerida, é normal o abatimento do discípulo por conseguir visualizar o quão prejudicial está sendo ser como é. Por isso, não espere muito para leva-lo a imaginar o oposto e peça que ele reflita sobre o que aconteceria de bom se ele conseguisse melhorar suas notas.
Neste momento, ele vai sair de um estado de abatimento para um estado motivado por aquilo que pode acontecer se tão somente ele melhorar. Aproveite esta motivação e feche o discipulado estimulando o resultado positivo que ele te descreveu e pergunte o que ele decide que vai fazer para melhorar e viva, de fato, o que ele visualizou e que o deixou empolgado, não esquecendo de, na hora da oração, declarar Palavras Proféticas de fé e confiança de que cada decisão tomada se cumprirá para que ele viva um novo tempo.
Uma vez que ele entendeu que a responsabilidade é dele e que, se ele melhorar, ele viverá o melhor de Deus, certamente, ele sairá do discipulado decidido a fazer o que for preciso para viver o novo tempo.
Líder do Ministério Unção do Crescimento, em Maricá, Rio de Janeiro, o pastor Bruno Monteiro é também coordenador estadual da Visão MDA, além de escritor e conferencista.