Esta frase chamou a atenção de milhões de brasileiros nos últimos meses. Uns, por se identificarem com o presidenciável. Outros, por estarem desiludidos com a política. Como uma luz no fim do túnel, confiaram o voto, instrumento mais poderoso da cidadania, neste programa de governo.
Sem a necessidade de adentrarmos no posicionamento político de cada um que nos lê, esta frase possui uma carga simbólica do tamanho da nação. Em um estado democrático de direito, a eleição é o espelho da vontade da maioria. Assim, temos por meio do art. 1º, parágrafo único, da Constituição da República que o poder emana do povo, que o exerce por meios de seus representantes.
Após uma campanha intensa, o Brasil escolheu o próximo presidente da república. Como acertadamente prometido em seu discurso, a escolha é governar o Brasil para todos, e não torná-lo um reduto de privilégios para seus admiradores.
Independentemente das opiniões que cada um de nós possui acerca do presidente eleito – sejam elas positivas ou negativas – nossas críticas e elogios devem passar pelo crivo do seu jargão: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.
Uma das principais razões que levaram o país à crise política experimentada nos últimos anos foi preterir o Brasil em prol de políticos e partidos. Quando um cidadão opta por esta premissa de pensamento, acaba por relegar a nação ao fracasso.
Os interesses nacionais, tais como prosperidade econômica, empregabilidade, qualidade no ensino, combate à corrupção, dentre outras pautas, devem nortear o cidadão ao expor seu posicionamento político. Isto é, o Brasil está acima de qualquer interesse político ou partidário, porque nós, cidadãos, somos o Brasil.
Este é momento que tanto apoiadores quanto críticos do novo presidente possuem para demonstrar o seu amor pelo país. Para os apoiadores, é fundamental fiscalizar o novo governo e exigir que as promessas sejam cumpridas. É necessário compreender que a missão é lutar por um país justo, livre das amarras da desigualdade e da corrupção, que nos matam sorrateiramente, dia após dia. Para isso, o Brasil deve ser o foco.
Para os críticos, é tempo de compreender que o sucesso desse governo é o sucesso do país. O bom trabalho do presidente beneficiará diretamente a vida dos mais fragilizados e de todos aqueles a quem queremos bem. Sendo assim, não há razões para torcer pelo seu fracasso. Tenha você o elegido ou não, perderá se o seu governo falhar. A oposição é legítima, mas deve ser feita de maneira consciente e, também, visando o melhor para o país.
A outra metade desta frase é cara, sobretudo para nós que acreditamos no poder de Deus em transformar nações. As pautas políticas defendidas pelos cristãos devem estar em sintonia com a Palavra de Deus. Isto é, defender bandeiras contrárias aos princípios do Reino é incompatível com a fé cristã. De modo nenhum isso é violar a laicidade do Estado, como muitos, erroneamente, têm defendido. Isto é liberdade de expressão e liberdade religiosa, também direitos garantidos em nossa Constituição.
Vale sempre lembrar que qualquer posicionamento político parte de uma premissa filosófica, seja ela agnóstica, cristã ou de qualquer outra matriz, sendo todas elas válidas em um cenário plural e democrático.
Não nos deixemos enganar por aqueles que não querem outra coisa, senão amordaçar cristãos deste país. Avalie sempre as condutas e as propostas políticas, a partir da verdade de que Deus, de fato, está acima de tudo e todos. E, se Ele for o Deus da nossa nação, certamente veremos o país alçar patamares jamais experimentados outrora.
Que o senhorio Dele esteja sobre o nosso amado Brasil.
:: Flávia Raíssa Said [Grupo de Ação Política – GAP]