Talvez você conheça a sensação de ficar completamente paralisado diante da possibilidade de fracassar. Seja para investir em um novo relacionamento, construir um novo empreendimento, ou mesmo diante de tarefas aparentemente simples, como iniciar um novo idioma, inscrever-se numa aula de dança ou iniciar uma conversa com um desconhecido.
O coração bate mais forte, milhões de pensamentos começam a bombardear sua mente e acabam o convencendo de que talvez seja melhor ficar mesmo onde está, para evitar qualquer constrangimento.
O medo paralisa. A sensação de imaginar que você pode colocar toda sua energia em alguma ideia, algum objetivo, e que isso pode não dar certo, apavora muitas pessoas. Esse é o seu caso? Muitas pessoas sentem-se envergonhadas com o fracasso.
A educação atual não prepara os jovens para lidar com as contrariedades da vida. À mínima derrota, eles desabam; ao mínimo fracasso, desistem de seus sonhos; à mínima crítica, recuam. Não entendem que ninguém é digno do sucesso se não usar os próprios vexames e falhas para conquistá-lo.
Ver o sucesso de alguém nos encanta, mas, por trás do sucesso, há notáveis fracassos. Veja estes exemplos: Albert Einstein só começou a ler depois dos sete anos de idade, tinha dificuldade para aprender e foi expulso da escola. Apesar das inúmeras rejeições, ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1921. Walt Disney, antes da fama, foi considerado sem imaginação e demitido da empresa onde trabalhava. Steven Spielberg foi rejeitado três vezes na escola de cinema. Oprah Winfrey, uma das apresentadoras mais bem-sucedidas do mundo, já foi demitida por acharem que ela não servia para a televisão.
O que não entendemos, porque não aprendemos, é que o fracasso faz parte do nosso crescimento. Devemos usar a dor para nos construir, e não para nos destruir. Uma criança, quando começa a aprender a andar, não consegue de primeira, certo? Ela cai muitas e muitas vezes. Em nenhum momento a criança pensa: “Não posso, não tenho capacidade, não sou digno de conseguir andar, eu não nasci para isso!”.
Ela simplesmente levanta, e a cada vez se torna mais forte. Aprende o que precisa fazer para se equilibrar, e a forma como precisa mover suas pernas. No início, usa paredes, cadeiras e pernas dos pais como apoio; aos poucos, e quando menos espera, dá seus primeiros passos e logo começa a correr por aí.
Você precisa compreender que todos nós tropeçamos, atravessamos crises, temos nossas loucuras. Insistir em só colecionar sucesso, sem nunca falhar, pode esfacelar seus sonhos e asfixiar sua disciplina. Quem se culpa em demasia pode afundar nos pântanos da autopunição. Lembre-se: Ninguém é digno do pódio se não superar fracassos para alcançá-lo.
Qual o sonho que você deixou morrer por medo de que não desse certo? Talvez seja a hora de olhar para trás e recuperar sua coragem e garra para construir o futuro do jeito que você deseja. Seja autor da sua própria história!