Enfim, chegou o momento de definirmos nosso próximo presidente e governador. Muitos são os desafios que o próximo líder da nação e do Estado enfrentará nos anos vindouros.
Minas Gerais é um dos estados com maior déficit financeiro, juntamente com o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os estados estão literalmente “quebrados”. O funcionalismo público padece com salários atrasados, sem citar a baixa valorização dos profissionais da educação e saúde. O índice de desemprego no estado é enorme. Além disso, grandes empresas abandonaram o Estado devido à alta e complexa tributação que impera aqui.
Ao considerarmos o cenário nacional, o próximo líder da nação também enfrentará problemas de alta complexidade. No campo da segurança pública são 63 mil assassinatos por ano, o que equivale à soma de homicídios de 150 países. No âmbito da economia, o país se recupera a passos lentos da crise que viveu nos últimos anos, a qual gerou milhões de desempregos. Na educação amargamos uma pífia colocação no ranking mundial: 60ª posição em uma lista de 76 países listados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Na área de infraestrutura, temos péssimas estradas, ferrovias, portos e aeroportos. Na mobilidade urbana sofremos com as muitas horas diárias em um trânsito caótico. No campo da saúde temos filas imensuráveis para a realização de procedimentos de urgência na fila do SUS, além da falta de remédios e de profissionais qualificados. Milhares morrem sem a chance de passarem pelo tratamento necessário. Pagamos 82 tipos de impostos distintos, o que se configura em uma das mais altas e complexas cargas tributárias do mundo, sem a mínima contrapartida de serviços públicos de qualidade para a população.
Além de todos os desafios citados, o próximo presidente irá nomear dois ministros do STF, substituindo Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, que irão se aposentar. O perfil destes futuros ministros será fundamental para a aprovação ou não de temas como liberação do uso recreativo da maconha e aprovação do aborto, por exemplo. Serão nomeados também o diretor geral da Polícia Federal e o Ministro da Justiça, ambos os cargos diretamente ligados à manutenção da operação Lava-Jato. Precisamos que sejam nomeados homens e mulheres íntegros, comprometidos com a justiça e que sejam respaldados pelo Presidente da República.
Enfim, chegou a hora. Compare a história de cada candidato, as bandeiras defendidas por eles, bem como a coerência do discurso com a trajetória de cada um. Não estamos em uma votação para decidir o melhor jogador do campeonato brasileiro em que as paixões pelos clubes sempre sobressaem. Estamos diante da escolha do caminho que vamos trilhar nos próximos anos em Minas Gerais e no Brasil, o que impacta diretamente na vida de cada pessoa.
Que venha um novo tempo!
:: Carlos Said Pires [Grupo de Ação Política – GAP]