Cristão e Política: Jesus e uma Judeia caótica – Lições para o Brasil

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Se olharmos para a política do nosso país de uma perspectiva geral, encontraremos um cenário caótico, desmoralizado e desesperançoso. Entretanto quero te convidar a entender o contexto social, econômico e político da época de Jesus e refletir sobre algumas lições.

Quando Jesus nasceu, a Judeia estava sob o domínio dos romanos. Naquele tempo, a economia era baseada na agricultura, pecuária e pesca e incidia uma alta carga tributária sobre toda a produção. A maior parte da população vivia na pobreza, as cidades da Galileia e da Judeia eram locais insalubres, barulhentos e perigosos; a violência era epidêmica e o policiamento era rudimentar. A prostituição era disseminada, a mortalidade infantil, elevada, e a imundície, generalizada, uma vez que lixo e dejetos eram despejados na rua. A administração da cidade era tão ruim que a maioria dos judeus achava que o mundo acabaria em breve!

Todavia foi exatamente nesse cenário que o Messias, o Salvador do mundo, escolheu para vir. Você já pensou que Cristo poderia ter nascido em qualquer tempo e escolhido uma época de prosperidade e paz? Ao invés disso, o Rei do universo escolheu uma era de escravidão e caos para nos ensinar lições preciosas.

A primeira coisa que aprendemos com a vinda de Jesus diante da situação política e econômica da Judeia é que a salvação do mundo não está no mundo. Nossa salvação não vem dos nossos políticos, da autonomia da nossa razão, do conhecimento científico, de bons mestres ou dos grandes sacerdotes. Antes, ela vem de Quem não é deste mundo e, ainda assim, o escolheu para morar: Jesus Cristo.

Importante ressaltar que, apesar de a nossa salvação não vir dessas coisas, Deus usa essas coisas para estabelecer a justiça na terra, para o bem do Seu povo, conforme a Palavra diz em Romanos 13. Por isso é muito importante que escolhamos bem os nossos governantes, sem, contudo, os idolatrarmos e depositarmos neles excessiva confiança.

Assim, também, aprendemos com a vida de Jesus a como nos portar em momentos de crise. Problemas econômicos, políticos e sociais afetam pessoas e, consequentemente, produzem sofrimento. Ao olharmos para Jesus, vemos que Ele não era indiferente a problemas como pobreza, corrupção e injustiça, e nós também não devemos ser. De fato, a Bíblia mostra que Ele Se comovia profundamente com a situação deplorável das pessoas ao Seu redor (Marcos 6.33-34). Jesus olhava para os renegados, os excluídos, os marginalizados e enfermos e os encontrava nas suas necessidades.

Por último, aprendemos que Deus trabalha com processos, e a transformação das nações é parte desse projeto. Quando Jesus morreu na cruz e ressuscitou, o Império Romano e a dominação sobre a Judeia não se extinguiram, nem os problemas sociais, econômicos e políticos acabaram de uma só vez, mas para todos eles uma esperança foi proposta e consumada na cruz de Cristo. Ali, na cruz, Jesus expunha ao mundo o processo de reconciliação e mostrava que, apesar da queda, havia redenção. Deus decidiu contar com Seus filhos espalhados pela face da terra para restaurar Sua criação, para, ao final, vivermos como cidadãos de um Reino onde haverá perfeita paz, justiça e integridade. Na Nova Jerusalém, reinaremos com o Rei dos reis!

Na governança do céu, não há enfermidade, pobreza, injustiça, corrupção, má governança, inflação, nem políticos corruptos. Enquanto esse tempo não chega, cumpramos o nosso mandato de trazer o Céu para a terra, trazer a Nova Jerusalém para o Brasil. Sejamos bons cidadãos, bons pais, bons amigos, bons cônjuges, bons clientes, bons profissionais… A ordem já foi dada: onde estivermos, levemos o Evangelho. Ore comigo: Pai, venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade no Brasil, assim como ela é feita no céu! Amém.

:: Aléxia Duarte [Grupo de Ação Política – GAP]

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