Muçulmanos invadiram casas e agrediram mulheres e crianças após uma disputa de terra
Uma disputa de terra entre moradores cristãos e muçulmanos na zona rural do Paquistão acabou com um ataque à comunidade cristã, porém os responsáveis não foram acusados. O local em questão é um pedaço de terra que pertence a uma igreja, mas a fronteira do terreno é de Mukhtar Hussain, um homem muçulmano. Em janeiro, Hussain apresentou um pedido à corte local para cultivar na terra. Seu pedido foi rejeitado, mas, no dia do ataque, ele e cinco outros, incluindo seus três filhos, invadiram a área com um trator.
“Era por volta de 10h da manhã e a maioria dos homens tinha ido trabalhar quando os filhos de Hussain começaram a invadir a terra”, conta Bashir Masih, tesoureiro da igreja. Imediatamente, cristãos, na maioria mulheres e crianças, tentaram impedi-los. Hussain, de 70 anos, e os demais seguravam madeiras e com elas bateram em duas mulheres cristãs, Biqui Bibi, de 35 anos, e Nasreen Bibi, de 60 anos. Então as crianças cristãs começaram a jogar pedras e uma acertou Hussain no nariz, fazendo com que começasse a sair sangue.
“Os muçulmanos imediatamente espalharam a notícia que ele tinha morrido após cristãos o acertaram com uma pedra”, conta Masih. Depois de apenas alguns minutos, cerca de 50 a 60 homens e mulheres se reuniram e começaram a atacar casas de cristãos. Eles bateram em todos que encontraram, e quando cristãos se trancaram em suas casas, eles quebraram os portões de entrada e escalaram as paredes. Dentro das casas, insultaram, bateram e machucaram mulheres.
Quando os homens cristãos foram informados sobre o ocorrido, correram para as casas e informaram a polícia. Mas as pessoas de Mukhtar continuaram batendo nos cristãos até a polícia chegar. O braço de um menino de 10 anos foi quebrado e duas mulheres foram agredidas e tiveram suas roupas rasgadas.
Ainda agora, os cristãos, que são na maioria analfabetos e trabalham como operários, disseram que continuam assustados para fazer uma reclamação oficial com a polícia, por medo de ataques futuros. Quando o chefe de polícia local, Muhammad Idrees, foi questionado sobre o porquê de não terem sido presos, ele disse que a polícia ainda não recebeu uma reclamação da comunidade cristã e não pode agir sem uma.
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