Após quatro anos fechada, o retorno às atividades é considerado uma vitória sobre o terrorismo e extremismo
A reabertura da escola cristã mais antiga de Mosul, cidade no nordeste do Iraque e controlada pelo Estado Islâmico, é considerada uma vitória sobre o terrorismo e extremismo. A escola fundamental Shimon Safa esteve fechada por quatro anos, mas recebeu 400 alunos – com idade entre 6 e 12 anos – para o novo ano letivo.
O diretor da escola, Ahmed Thamer al-Saadi, disse ao site de notícias Al-Monitor que o retorno foi devido aos esforços de voluntários e doadores de outra cidade. Ele afirmou que esta é uma lição de tolerância para frustração dos extremistas. “A escola foi sujeita à discriminação nacional e sectária; mas agora vai retomar sua missão prática e social novamente”, disse.
A escola está localizada na região de Al-Saa, parte mais antiga da cidade onde os cristãos vivem, explicou Ahmad al-Mosli, um professor da língua árabe. “Isso dá à escola uma importância excepcional por causa dos deslocamentos, mortes e opressão que as minorias religiosas enfrentam nas mãos do Estado Islâmico”.
De acordo com Ibrahim al-Allaf, professor de história moderna na Universidade de Mosul: “As matrículas dos alunos na escola são uma vitória sobre o terrorismo e extremismo. A escola é parte da herança histórica da cidade. O primeiro grupo de pessoas educadas em Mosul tem memórias desta escola. A escola tem a supervisão do monastério cristão, mas os alunos não são apenas cristãos. A educação é oferecida para estudantes de todas as religiões”.
O Al-Monitor relatou que esta costumava ser uma das 20 escolas cristãs na cidade até os anos 1980, mas que a maioria delas foi fechada gradualmente nas três décadas turbulentas que seguiram a Guerra do Golfo em 1990, particularmente de 2014 a 2017, quando a cidade foi controlada pelo Estado Islâmico.
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