“Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a n […]” (Atos 15.28).
A Igreja Primitiva caminhava em obediência à orientação do Espírito Santo. As decisões eram tomadas em submissão à Sua soberana vontade. Líderes eram escolhidos conforme Seu querer. A direção missionária da igreja era dada pelo Espírito Santo. As decisões doutrinárias da igreja, de igual forma, eram feitas sob a égide do Espírito Santo. Esse modelo não se caducou. Não pode ser alterado. O Espírito Santo nos foi dado para guiar-nos à toda a verdade. Sua direção é dentro da Palavra de Deus e não fora dela. Seu propósito é sempre exaltar a Cristo. Sua vontade está sempre afinada com o supremo propósito do Pai. Portanto a igreja precisa, constantemente, curvar-se à direção do Espírito Santo, para que marche firme e resoluta rumo à obediência e à santidade.
Hoje, a igreja reúne-se para escolher seus líderes: presbíteros e diáconos. Depois de orar e buscar a vontade de Deus, chegou a hora de escolher aqueles que devem ocupar um posto de serviço e não de prestígio. Essa escolha não pode ser feita de acordo com o padrão do mundo. No mundo, quanto maior é o homem, mais servos ele tem a seu serviço; no reino de Deus, quanto maior um homem é, a mais pessoas ele serve. O padrão do mundo destaca o homem pelos seus predicados intelectuais e financeiros; mas, no reino de Deus, o homem é reconhecido pela sua humildade e piedade. No reino de Deus, a pirâmide está invertida. O maior é o menor, e o menor é o maior.
Devemos rogar a Deus, com temor e tremor, a fim de que Sua vontade seja feita, e que homens fiéis e cheios do Espírito Santo sejam eleitos para governarem e servirem à igreja com o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Precisamos de pastores servos e de servos pastores. Precisamos de homens firmes na Palavra e amáveis no trato. Homens que tenham conhecimento e sabedoria. Homens que amem a Cristo e apascentem Suas ovelhas. Homens que sejam doutos na Palavra e dedicados ao ensino. Homens que sejam intolerantes com o pecado e compassivos com os pecadores. Homens que celebram com o rebanho e também chorem suas dores. Homens que inspirem mais pelo exemplo do que pelo discurso. Homens que vivam o que ensinam e preguem como se jamais tivessem oportunidade de pregar novamente. Homens que conheçam o estado de suas ovelhas e desçam aos lugares mais perigosos para resgatar aquela que caiu. Homens que cuidem das ovelhas que estão seguras no aprisco e saiam em busca da que se desviou.
Precisamos de homens que cuidem dos enfermos e supram as necessidades dos aflitos. Homens que se afadigam na Palavra e oram sem esmorecer. Homens que sejam exemplos de piedade no lar e padrão dos fiéis no seu trabalho. Homens que sejam respeitados dentro do lar e tenham bom testemunho dos de fora. Homens que não gastem seu tempo com conversas frívolas nem sejam amigos de contendas. Homens cujo temperamento seja controlado pelo Espírito e que transmitam graça no abrir de sua boca. Homens de verdade e homens de honra. Homens cheios do Espírito Santo, cheios de fé e cheios de sabedoria. Homens cheios de graça e cheios de poder. Homens cuja vida seja avalista de suas palavras. Homens fervorosos de espírito e não religiosos carregados de tradições. Homens que tenham luz na mente e fogo no coração. Homens que tenham zelo por Deus e profunda compaixão pelos perdidos. Oh, que Deus nos oriente para que, nessa assembleia, possamos agir de tal forma na escolha de nossos líderes, que ao final possamos dizer: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós”.
:: Hernandes Dias Lopes